Cristãos de todo o mundo celebram o Domingo de Páscoa: os calendários de diferentes igrejas coincidem este ano. (AFP)
Dezenas de milhares de fiéis, cerca de 100.000 segundo fontes vaticanas, participam na praça de São Pedro do Vaticano da missa solene do Domingo da Ressurreição, oficiada pelo papa Bento XVI.
Ela é celebrada ao lado dos cardeais Jean Lous Tauran e Raffaele Farina. Ainda participam do rito dezenas de cardeais, bispos e sacerdotes. Depois da celebração, o pontífice lerá a Mensagem Pascal e dará a bênção “Urbi et Orbi”, à cidade de Roma e a todo o mundo.
Como ocorre desde o ano 2000, quando se recuperou uma tradição perdida há 800 anos, no altar está colocado o ícone do Santíssimo Salvador conhecido como “Acheropita” (que significa não pintado por mãos humanas). Trata-se de uma das imagens mais veneradas da cristandade e que se conserva na capela do “Sancta Santorum” – existente no prédio anexo à Basílica de São João de Latrão, onde está a Escada Santa que segundo a tradição Jesus subiu durante sua paixão.
Antes de começar a missa, o papa orou alguns minutos frente ao ícone do Santíssimo Salvador. A praça vaticana está adornada com 42.000 flores, entre elas rosas, cravos, lírios, flor de macieira e tulipas, assim como rododendros, azaleias, magnólias, narcisos, jacintos, todas elas procedentes, como já é de tradição, da Holanda. A Mensagem Pascal porá fim aos ritos da Semana Santa.
No meio da tarde, Bento XVI partirá para a residência de Castelgandolfo, situada há 33 quilômetros ao sul de Roma, para passar alguns dias de descanso. Ele voltará na quarta-feira ao Vaticano para a audiência pública e voltará a Castelgandolfo, para retornar definitivamente em 30 de abril e acompanhar do Vaticano a Vigília no Circo Massimo de Roma por ocasião da beatificação no dia seguinte, 1º de maio, do papa João Paulo II.
Apelo – O papa Bento XVI aproveitou a ocasião para lançar um chamado para a crise na Líbia. “Que a diplomacia e o diálogo ocupem o lugar das armas na Líbia, e que na atual situação seja favorecido o acesso das ajudas humanitárias a todos que sofrem as consequências do conflito”, pediu, antes de realizar sua bênção “Urbi et Orbi”, a celebração mais solene do calendário cristão.
“Que o fulgor de Cristo chegue também aos povos do Oriente Médio, para que a luz da paz e da dignidade humana vença as trevas da divisão, do ódio e da violência”, completou o pontífice. Em sua mensagem, o papa convidou em particular os jovens da África e do Oriente Médio a promover o bem comum e construir uma sociedade na qual a “pobreza seja derrotada” e toda decisão política inspire-se no “respeito à pessoa humana”.
Jerusalém - Cristãos de todo o mundo também celebram o domingo de Páscoa em Jerusalém, marcando o dia da ressurreição de Jesus na Cidade Santa há dois milênios. Cristãos ortodoxos e católicos romanos tiveram cerimônias na Igreja do Santo Sepulcro, reverenciado como o local nas imediações onde Jesus foi crucificado, enterrado e ressuscitou.
Os calendários diferentes das igrejas coincidem este ano. Religiosos fizeram procissão no local, onde as celebrações de cada igreja são coordenadas cuidadosamente para evitar conflitos. Protestantes mantiveram suas próprias celebrações de Páscoa fora dos muros da Cidade Velha, no Jardim da Tumba, onde alguns identificam como o local onde Jesus foi enterrado.
(Com agências Estado e France-Presse)
Fonte: Blog Carmadélio - Comunidade Shalom
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