31 março 2011

Formação: Sexualidade humana, um projeto a ser construído


Uma fonte indizível de energia e vida
A sexualidade humana é uma fonte indizível de energia e vida. Ela manifesta a liberdade e a responsabilidade do ser humano, revelando-se como uma realidade precisamente educável. Ela pode permanecer pura instintividade, buscando uma gratificação imediata ou pode se tornar projeto a ser construído progressivamente. Também pode ser entendida como uma força encerrada apenas na atividade fisiológica (carne) ou ser vislumbrada como uma realidade que se abre para o transcendente.
A sexualidade é forte. É realidade presente em cada fibra do que nos compõe e que tende a se manifestar em tudo o que somos (personalidade, percepções e desejos), externando por vezes nossas incompletudes e inconsistências. A sexualidade é também uma energia profundamente relacional, que nos lança aos outros fazendo-nos sair de nós mesmos. Assim ela o é em sua essência. Dentro de seu exercício genital ou não, ela é uma energia que gera – ou ao menos deveria gerar – comunhão e abertura, pois revela nossa necessidade dos outros e também nossa capacidade de nos doarmos aos demais.
Entretanto, quando a sexualidade se torna apenas instintividade e genitalidade em vez de abertura, ela gera um cárcere egoísta por meio do qual o outro se torna objeto e não um alguém humano, deixando assim de ser percebido com a sua peculiar dignidade de pessoa.

Mensagem para reflexão


Ao nos distanciarmos do Senhor, caímos no vazio
Muitas vezes, nós não sabemos exprimir nem fazer a leitura das aspirações mais profundas do nosso coração; isso nos leva a correr de um lado para o outro, inquietos e agitados, buscando respostas, querendo nos agarrar a algo ou a alguém. Em outras palavras, consciente ou inconscientemente, fica-nos esta pergunta:
De onde vim? Para onde vou? Qual a minha origem? Qual é a minha meta? Donde vem e para onde vai tudo o que existe?
“Deus criou todas as coisas, não para aumentar a sua glória, mas para manifestar a glória e para comunicar a sua glória. Pois a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus. O fim último da criação, é que Deus, Criador do universo, tornar-se-á ‘tudo em todas as coisas’ (I Cor 15,28), ao mesmo tempo a sua glória e a nossa felicidade” (Catecismo da Igreja Católica, 293,294).
Quando nos distanciamos do Senhor, caímos no nada, no vazio, porque o que dá sentido verdadeiro à nossa existência é amá-Lo e louvá-Lo, porque fomos criados para o louvor da glória de Deus.
Hoje é o dia de voltarmos para o nosso Criador com o coração contrito e repleto de amor e gratidão. Somente n’Ele encontramos repouso e sentido para a nossa vida!
Jesus, eu confio em Vós!
Fonte: Luzia Santiago - comunidade canção nova

30 março 2011

Pastoral da Criança é indicada ao Prêmio Nobel de 2011


A Pastoral da Criança foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz 2011. A indicação foi confirmada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, durante encontro com o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa, nesta terça-feira, 29 de março.
Na audiência, Marco Maia entregou ao secretário da CNBB uma cópia do documento enviado, pela Câmara, ao Comitê do Prêmio Nobel da Paz, em Oslo, Suécia, que indica a Pastoral da Criança para receber o prêmio em 2011,  como reconhecimento do trabalho realizado por Dra. Zilda Arns Neumann.
O documento foi enviado para Oslo em agosto de 2010. Como as indicações são feitas até fevereiro de cada ano, a indicação vale somente para 2011. Esta é a quinta vez que a entidade é indicada ao prêmio (houve indicação do governo brasileiro em 2001, 2002, 2003 e 2005).
Nas oportunidades anteriores, Dra. Zilda Arns – que faleceu no terremoto do Haiti em janeiro do ano passado – declarou que, pelo fato de haver indicação a Pastoral da Criança já se sentia premiada pelo reconhecimento do governo e da sociedade brasileira.  “Esta é uma oportunidade para a população se interessar mais pelo  trabalho voluntário”, dizia Zilda Arns.

Especialistas afirmam que redes sociais online podem levar jovens “propensos” à depressão



O novo fenômeno, batizado de ‘Depressão Facebook’, coloca em risco de isolamento os adolescentes com tendência à doença
Adolescentes que passam horas interagindo em redes sociais podem desenvolver depressão ou mesmo sofrer cyberbulling (Thinkstock)
As redes sociais da internet, entre elas o Facebook, podem tanto enriquecer a vida dos adolescentes, quanto prejudicar sua saúde mental e física. O alerta foi feito pela Academia Americana de Pediatria, que acaba de publicar um relatório com orientações sobre o uso das redes sociais no periódico Pediatrics.
De acordo com o documento, esses sites ajudam os jovens a manter contato com amigos e a se divertir, mas podem, também, levar a casos sérios de depressão, um novo fenômeno batizado de ‘Depressão Facebook’.
Segundo os pesquisadores, a ‘Depressão Facebook’ acontece em pré-adolescentes e em adolescentes que passam várias horas por dia em frente ao computador navegando dentro de redes sociais. Esses jovens, normalmente com tendência ao isolamento, à ansiedade ou à depressão, buscam uma maneira de interagir com os demais pela internet. Mas, quando isso não acontece, eles acabam se deprimindo. “A falta de conexão online amplifica o que acontece na vida desses jovens no mundo offline”, diz Gwenn O’Keeffe, pediatra e co-autor do relatório.
É importante salientar que, apesar de levar o nome do Facebook, o problema não aflige apenas os jovens usuários desse site. Estão inclusos quaisquer endereços que entrem no conceito de rede social online. Entre eles, os mais conhecidos são Orkut, Twitter, Second Life, além de blogs, jogos online em rede e vídeos do Youtube.
Segundo O’Keeffe, é importante que os pais consigam monitorar o que os filhos fazem na internet e quanto tempo passam interagindo em redes sociais. E isso, além de ajudar a evitar o cyberbulling e o acesso a conteúdos inapropriados, pode ainda evitar que o jovem deprimido vá em busca de ajuda em blogs que recomendam o abuso de substâncias químicas e de comportamentos agressivos e autodestrutivos.
Fonte: Blog Carmadélio – Comunidade Shalom

Formação: Bullying: as faces de uma violência oculta


Se existe uma cultura de violência, espalhemos uma contracultura

Uma violência física, mas, muitas vezes, psicológica: este é o bullying, termo que tem origem na palavra inglesa bully, que significa "brigão", "valentão". Na prática, traduz-se em atos de covardia, tirania, agressão, opressão, maus-tratos, ironias, que acontecem de forma repetitiva e não necessariamente com uma agressão física, mas na maioria das vezes acompanhado de tratamento ofensivo, ameaças e torturas psicológicas. Essas agressões possuem um caráter intencional e, muitas vezes, a pessoa que sofre o bullying pode ser abordada por uma ou por várias pessoas.
Forma de violência que tem crescido no mundo, pode fazer vítimas em diversos contextos sociais: escola, família, universidade, vizinhança, local de trabalho. Pode começar com um simples apelido "inofensivo", mas que pode ter grande repercussão para a pessoa atingida.
Sabemos que essa prática existe há muito tempo, mas nem sempre recebeu esse nome. Estudos mostram a preocupação de vários setores da sociedade com o crescente número desses casos de agressão, especialmente nas escolas.
Aquele que sofre com o bullying, muitas vezes, vive esse processo sozinho. Podemos observar que, além do isolamento ou da queda do aproveitamento escolar de uma criança ou jovem que passa por essa situação, ela também pode iniciar um processo de adoecimento psicossomático, de estado emocional, sintomas depressivos, estresse elevado; e tudo isso somado pode afetar sua personalidade. Ao ser ridicularizada a pessoa passa a não enfrentar mais o contato social e, aos poucos, perde o prazer em atividades sociais, como frequentar a escola, lazer ou qualquer situação em que necessite se expor, por medo de ser novamente vítima desse processo. 
Esse fenômeno leva a pessoa vítima da agressão mobilizar seu medo, sua angústia e a reprimir a raiva e até mesmo a ter sentimentos de culpa, como se ela fosse responsável pelos ataques sofridos. Muitas vezes, não há denúncia, pois o agredido teme ser ainda mais perseguido; de forma que o agressor se vale desse silêncio como proteção e anonimato.
Um dado muito importante deve servir de alerta para todos nós: estudos mostram que, em 80% dos casos, aqueles que praticam esse tipo de violência afirmam que a causa principal desse comportamento é a necessidade de replicar em outras pessoas a violência que sofreram em casa ou na própria escola. As atitudes dessas pessoas envolvem a necessidade de dominar, de impor autoridade e coagir, desejando, na verdade, ser aceitas e pertencer ao grupo e de chamar a atenção para si. Mostra ainda a dificuldade de lidarem com seus sentimentos, de colocarem-se no lugar do outro e perceberem os sentimentos das pessoas.
Aqueles que agridem passam a ter um comportamento de distanciamento e dificuldade em alcançar um bom rendimento escolar; nota-se que valorizam muito a violência como fonte de poder e tais fatos podem levar a comportamentos desadaptados na fase adulta.
Nosso papel é trabalhar com os grupos sociais nos quais vivemos, começando pelo núcleo familiar, o trabalho de valorização de princípios como respeito às diferenças, a tolerância, a convivência fraternal e de acolhimento das pessoas, valorizando a harmonia e a disponibilidade e refazer sua história, pois embora deixe lembranças, é possível refazer o caminho de vida, tanto para agressor quanto para agredido. É importante que pais, educadores, religiosos, líderes comunitários e empresas possam conversar abertamente sobre esse assunto, visando propostas para reverter este quadro.
Se existe uma cultura de violência, que se dissemina entre as pessoas, é importante que possamos espalhar uma contracultura de paz, especialmente nas crianças, que precisam ser moldadas e nelas semeadas boas sementes de paz, amor, harmonia. Vivemos um tempo de aprendizado de como lidar com isso: escolas, pais, agressores e agredidos, muitas vezes, não sabem o que fazer, mas o grande plano neste momento é aprender com o incentivo de gestos de compreensão, de cada vez mais cultivar o respeito às diferenças individuais e o olhar de fé e atitude de cada um de nós.
Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com
Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova



29 março 2011

Quaresma: saiba como viver bem este tempo da Igreja

Leonardo Meira, Da Redação
Quaresma é um tempo litúrgico da Igreja cercado por alguns mitos e também diversas tradições que, muitas vezes, não são bem compreendidas pelos fiéis. O mais comum é associar erroneamente esse período à tristeza, ao desânimo. Para falar sobre o assunto, o noticias.cancaonova.comentrevistou o especialista em Liturgia e pároco da paróquia São José Operário, na cidade de São Gonçalo, Arquidiocese de Niterói (RJ), padre Marcelo Fróes de Matos.
"Se vivemos bem o tempo da Quaresma, com certeza entenderemos o que significa a Páscoa. Se compreendermos o sentido da Quaresma, vivendo as práticas com intensidade, de coração, com verdadeira devoção, com certeza todos os outros dias serão, para nós, um eterno aleluia!", exclama padre Marcelo.
Santos e flores
Não é muito difícil encontrar igrejas em que as imagens dos santos, quadros e cruzes são cobertas por panos roxos. Esse é um costume bastante antigo, segundo o qual as cruzes ficam cobertas até o final da liturgia da Sexta-Feira Santa e os quadros e outras imagens até a celebração da noite de Páscoa. "Nosso povo tem um devocionismo muito grande e a Quaresma é um tempo que busca nos ligar inteiramente à conversão, através da dinâmica do tripé oração, jejum e caridade", explica padre Marcelo.
O fundamento desse costume está no luto pelos sofrimentos de Cristo, de tal forma que os fiéis possam contemplar os objetos sagrados cobertos de roxo – que simboliza penitência –, sendo que o despojamento atinge seu cume após a Missa da Ceia do Senhor na Quinta-Feira Santa, quando são retiradas as toalhas do altar. 
Quanto às flores, elas são sinal de festa, alegria, vida, ao passo que a Quaresma enfoca-se na kenosis - um verdadeiro esvaziar-se para se encher perfeitamente de Deus. "A Sagrada Liturgia pede que a Igreja revista-se da sobriedade. A Igreja desnuda demonstra aos fiéis que eles vão entrar nesse grande retiro de preparação para a páscoa, um tempo de penitência, de ouvir mais a Cristo, demonstrar que Cristo é nossa força e, nesse percurso, a Igreja está junto com eles", explica o sacerdote.
Jejum, oração e caridade: como viver?

Mensagem para reflexão


O que surte mais efeito: Perdoar ou ser perdoado?

Eu escutei hoje que o perdão dado e recebido transforma-nos verdadeiramente. O que nos possibilita conviver fraternalmente não é o fato de não errarmos, porque erramos sempre, mas porque perdoamos e somos perdoados sempre, “até setenta vezes sete” (cf. Mt 18,22), como Jesus nos ensinou.
É normal perdoar e continuar lembrando a ofensa. “Não está em nosso poder não mais sentir e esquecer a ofensa; mas o coração que se entrega ao Espírito Santo transforma ferida em compaixão e purifica a memória, transformando a ofensa em intercessão” (Catecismo da Igreja Católica [CIC] n. 2843).
Olhemos para Jesus, modelo de oração e de vida, para que aprendamos com Ele a perdoar sempre, “porque o perdão é o ponto mais alto da oração cristã. Ele dá testemunho de que, em nosso mundo, o amor é mais forte do que o pecado”(idem, n. 2844).
Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
Jesus, eu confio em Vós!
Fonte: Luzia Santiago - Comunidade Canção Nova

28 março 2011

Encontro Vocacional foi realizado neste domingo


Jovens de várias paróquias entre elas: São José do Seridó, Cruzeta e Jardim do Seridó, havendo alguns de outras paróquias do zonal 5, 3 e até um jovem do zonal 2 da diocese de Caicó, participaram neste domingo (27) do Encontro Vocacional, no Centro Pastoral Coração de Jesus, onde teve momentos de oração, partilhas da palavra de Deus, testemunhos vocacionais de alguns estados de vida, entre eles: sacerdócio, irmãs consagradas e matrimônio. Na oportunidade, também houve uma pregação com Padre Rômulo de Azevedo, filho da terra, mas pároco da Paróquia de Sant'Ana de Santana do Seridó-RN. Foram realizados também momentos de refeições e intervalos.

Iniciando às 7h30 e tendo seu término às 15h em média, o encontro foi dirigido e organizado pela paróquia e pelas irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena, as irmãs de Belém da cidade de Caicó e o seminarista diocesano, Danilo.



Formação: Importância da oração em família


Seguir a Cristo. Permanecer em Cristo. Amar a Cristo. De maneira resumida poderíamos dizer que estas são características que pertencem a quem é discípulo de Jesus. Portanto, também podemos dizer que espiritualidade é o modo como seguimos, permanecemos e amamos a Cristo.
A partir de nosso encontro pessoal com Jesus começamos a cultivar nosso relacionamento com Ele, normalmente dentro de uma dessas vias. Porém, em todas elas, há um pressuposto de perseverança básica e fundamental para nosso relacionamento com o Senhor: a oração! Sem oração não há relacionamento com Deus.
Quando tratamos de espiritualidade familiar, queremos dizer o caminho que a família como Igreja Doméstica se utiliza para o seu relacionamento com o Senhor. Por isso, não podemos dizer que há uma espiritualidade, um seguimento de Cristo na família se não há vida de oração pessoal, conjugal e familiar. Vejamos o que nos fala a respeito o Catecismo da Igreja Católica:
“A família cristã é o primeiro lugar da educação para a oração. Fundada sobre o sacramento do matrimônio, ela é ‘A Igreja doméstica’, onde os filhos de Deus aprendem a orar ‘na Igreja’ e a perseverar na oração. Para as crianças, particularmente, a oração familiar cotidiana é a primeira testemunha da memória viva da Igreja reavivada pacientemente pelo Espírito Santo.” 

27 março 2011

Agenda Paroquial


De 28 de março a 03 de abril de 2011

Data
Compromisso
Local

28
15h00: Encontro da Legião de Maria
Igreja Matriz

29
19h00: Missa
Santuário
19h00: Reza do Terço
Capela de São José

30
08h00: Missa
Abrigo Dispensário
19h00: Encontro do Grupo de Vizinhança
COHAB
19h00: Terço dos Homens
Igreja Matriz
19h00: Encontro com os Ministros da Eucaristia
Centro Pastoral

31
09h00: Atendimento de confissões 
Igreja Matriz
19h00: Adoração ao Santíssimo Sacramento
Capela de São José
19h00: Adoração ao Santíssimo Sacramento e Missa
01 ano de: Hudson Medeiros de Lima
Santuário

01
06h30: Missa da 1ª sexta
Igreja Matriz
07h00: Reunião do Apostolado da Oração e Pia União
16h00: Reunião e ensaio do Coral Maria José Campos

02
19h00: Missa
Capela de São José

03
07h00: Missa
Igreja Matriz
08h00: Batizados
19h00: Missa
Sítio Catururé
19h00: Encontro do Grupo Jovem da Paróquia
Centro Pastoral


Zonal V realiza Encontro Diocesano com casais do ECC em Jardim do Seridó


Neste domingo (27), foi realizado em Jardim do Seridó-RN o Encontro Diocesano do Zonal V com os casais do ECC – Encontro de Casais com Cristo da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição e alguns casais do Zonal III da Paróquia de São José, da vizinha cidade de Carnaúba dos Dantas.
O encontro teve início com os casais participando da Missa Dominical às 07:00 horas da manhã na Igreja Matrriz, em seguida os mesmos se dirigiram até o Centro Pastoral onde foram recepcionados pelas equipes dirigentes e o casal setorial do Zonal.  
Durante toda a manhã e parte da tarde o casal diocesano, Joselito e Bililude explicou e tirou dúvidas sobre o documento nacional do ECC, mostrando a importância do mesmo e a necessidade de todo casal conhecê-lo.
Ver fotos abaixo:






Mensagem para reflexão


O SILÊNCIO DE CRISTO
Uma antiga lenda norueguesa narra este episódio sobre um homem chamado Haakon, que cuidava de uma ermida a qual muita gente se dirigia para orar com muita devoção.
Nesta ermida havia uma cruz muito antiga, e muitos iam até ali para pedir a Cristo que fizesse algum milagre.
Certo dia, o eremita Haakon quis também pedir-Lhe um favor.
Impulsionava-o um sentimento generoso.
Ajoelhou-se diante da cruz e disse:
- Senhor, quero padecer por Vós.
Deixai-me ocupar o Vosso lugar.
Quero substituir-Vos na cruz.
E permaneceu com o olhar pendente da cruz, como quem esperava uma resposta.
O Senhor, prontamente, abriu os lábios e disse-lhe, com palavras sussurrantes e admoestadoras:
- Meu servo, cedo ao teu desejo, mas com uma condição…
- Qual, Senhor ??? É uma condição difícil ???
Estou disposto a cumpri-la com a Tua ajuda. – indagou o eremita.
- Escuta-me: aconteça o que acontecer,
e vejas tu o que vires, deves sempre guardar o silêncio…
Haakon respondeu:
- Prometo-o, Senhor !!!
E fizeram a troca sem que ninguém o percebesse.
Ninguém reconheceu o eremita pendente na cruz.
Quanto ao Senhor, este ocupava, discretamente, o lugar de Haakon.
Durante muito tempo, o eremita conseguiu cumprir o seu compromisso e não disse nada a ninguém.
Certo dia, porém, chegou um rico homem.
Depois de orar, deixou ali esquecida a sua bolsa.
Haakon viu e calou-se.
Também não disse nada quando um pobre, que veio duas horas mais tarde, se apropriou da bolsa deixada pelo homem rico.
E também quando um rapaz se prostrou diante dele pouco depois de pedir-lhe a sua graça antes de empreender uma longa viagem.
Nesse momento, porém, o homem rico tornou a entrar em busca de sua bolsa.
Como não a encontrasse, pensou que o rapaz teria se apropriado dela.
Voltou-se para ele e o interpelou com raiva:
- Dá-me a bolsa que roubaste !!!
O jovem, surpreso, replicou-lhe:
- Não roubei nenhuma bolsa, senhor.
- Não mintas, devolva-me já !!!
- Repito que não apanhei bolsa alguma, senhor …
O homem rico arremeteu furioso contra o rapaz.
Soou, então, uma voz forte:
- Pára !!!
O homem rico olhou para cima e viu que a imagem lhe falava.
Haakon, que não conseguiu permanecer em silêncio diante daquela injustiça, gritou-lhe, defendeu o jovem rapaz e censurou o homem rico pela falsa acusação.
Este ficou aniquilado e saiu imediatamente da ermida.
O jovem rapaz saiu também porque tinha pressa para empreender a sua longa viagem.
Quando a ermida ficou vazia, Cristo dirigiu-se ao Seu servo e disse-lhe:
- Desce da cruz. Não serves para ocupar o Meu lugar.
Não soubeste guardar o silêncio que havia lhe pedido.
- Mas, Senhor, como podia eu permitir tal injustiça ???
Trocaram, pois, de lugar.
Cristo voltou a ocupar a Sua cruz e o eremita permaneceu diante dela.
O Senhor continuou a falar-lhe:
- Tu não sabias que era conveniente para o homem rico perder a sua bolsa, pois trazia nela o preço da virgindade de uma jovem donzela.
O pobre, pelo contrário, tinha necessidade daquele dinheiro.
Quanto ao jovem rapaz, que ia receber os golpes, as suas feridas o teriam impedido de fazer a longa viagem que, para ele, foi fatal.
Faz alguns minutos que o seu barco acabou de soçobrar e ele morreu afogado. Tu também não sabias disso, mas Eu sim !!!
É por isso que me calo…
E o Senhor tornou a guardar o Seu silêncio.
LIÇÃO
Muitas vezes nos perguntamos por que Deus não nos responde.
Por que Deus se cala ???
Muitos de nós gostaríamos que Ele nos respondesse o que desejaríamos ouvir, mas Ele não o faz.
Ele nos responde com Seu silêncio…
Deveríamos aprender a escutar esse Divino Silêncio.
O Divino Silêncio é uma palavra destinada a convencer-nos de que Ele, sim, sabe o que faz.
Com Seu silêncio diz-nos, carinhosamente:
- Confia em Mim,
sei o que é preciso fazer !!!
Fonte: Blog carmadélio - Comunidade Shalom

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