31 janeiro 2011

SSVP - Sociedade São Vicente de Paulo presta homenagem a Monsenhor Ernesto


Os vicentinos do estado do Rio grande do Norte e da Paraíba prestaram uma bonita homenagem ao Monsenhor Ernesto em seu sepultamento, dia 29 de janeiro, onde o  Presidente do Conselho Metropolitano, Confrade Beethovem José de Medeiros, jardinense, amigo e admirador do mesmo, destacou a importância da sua contribuição para um mundo mais justo e solidário.
Veja abaixo a mensagem.
Monsenhor Ernesto
Nós que lutamos por um mundo melhor, trazemos conosco o teu sorriso tímido, o teu sorriso confiante. Trazemos conosco tuas idéias de que um outro mundo é possível. Possível e necessário.
Trazemos Monsenhor Ernesto,  tua esperança e tua radicalidade, porque só a crítica radical do mundo existente permite alimentar a esperança e o sonho.
Nós, Monsenhor, que desejamos ser herdeiros da tua vida e da tua obra, nós buscamos trazer conosco tua tenacidade e teu rigor, tua generosidade e teu olhar, tem afã e tua elegância.
Porque o que o senhor  deixou para nós, foi a vontade de cada vez mais estar com os de baixo, com os explorados, os oprimidos, os ofendidos, os discriminados, os excluídos. De lutar com eles e por eles, por um mundo em que não haja exploração, opressão, ofensa, humilhação, discriminação, exclusão.
A tua vida e a tua obra, Monsenhor, demonstram como a verdade, a consciência, os valores, o estudo, o conhecimento assentado na prática e nos interesses dos pobres da cidade e do campo, são a matéria prima da dignidade e do decoro. Porque assim foi tua vida e assim foi a obra que você construiu com o melhor de você mesmo. Com todos os esforços, inclusive aquelas poucas  horas que o senhor conseguiu dedicar a leitura, escrevendo, ensinando, pensando.
Monsenhor Ernesto,  nós que lutamos por um mundo melhor, trazemos conosco tua e vida tua obra, teu exemplo e teu sorriso. Eles nos fazem mais humanos, mais felizes, mais seguros que um outro mundo – Solidário e Justo – é possível. Possível porque saberemos construí-lo à tua imagem e semelhança de amigo, mestre e companheiro e assim como o senhor fez com Nosso Senhor Jesus Cristo.
“Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!”
Adaptação do texto de Emir Sader - Sociólogo

Santo do Dia - São João Bosco


Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”. 

Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo. 

Dom Bosco, criador dos oratórios. Catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.

Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.

São João Bosco, rogai por nós!

30 janeiro 2011

Formação: A Igreja Católica e as imagens

Erroneamente se divulga que os católicos praticam a idolatria...

É verdade que algumas pessoas da Igreja Católica erraram nos quase dois mil anos de sua história. É de se esperar também que uma Igreja com 1 bilhão e meio de seguidores tenha mais erros que uma com 1 milhão de membros. Na verdade, somos santos e pecadores. Santos enquanto instituição e, pecadores enquanto membros.
No entanto, se tem uma coisa que erroneamente se divulga é que os católicos praticam a idolatria.
Idolatria, segundo o dicionário, quer dizer adorar ídolos.
A Igreja Católica Apostólica Romana sempre ensinou, com base Bíblica, que "Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás" (Dt 6,13). Não adoramos e nem devemos adorar qualquer coisa ou pessoa além do único e Supremo Deus Trino.
Se um médico erra não podemos culpar a medicina pelo seu erro. Da mesma forma, que se um advogado erra não é culpa da lei. Assim, se infelizmente muitos católicos, por ignorância, exageram no respeito às imagens a culpa não é da doutrina católica; que lembra que desde o Antigo Testamento o próprio Deus ordenou ou permitiu a instituição das imagens que conduziriam a salvação através do Verbo Encarnado, Jesus Cristo, como por exemplo a serpente de bronze (Nm 21,4-9; Sb 16,5-14; Jo3,14-15), a arca da Aliança e os querubins (Ex 25,10-22; 1Rs 6,23-28).
Os católicos sabem que imagens são simplesmente imagens, não tem poder em si mesmas, pois são somente sinais. Seria uma bobeira ao ir para praia ficar em frente à placa que diz "Praia a 10 km" como se tivesse chegado ao lugar desejado. Sabemos que semelhante a uma placa, as imagens somente indicam a verdadeira pessoa digna de admiração e louvor. Isto não quer dizer que as placas são desnecessárias porque apontam para o lugar certo.

29 janeiro 2011

Jardim do Seridó se despede de Monsenhor Ernesto da Silva Espínola

Hoje, 29 de janeiro, Jardim do Seridó parou para se despedir de um grande ser humano. Aos 83 anos parte para junto do PAI com a certeza do dever cumprido aqui na terra. Nas águas do Gargalheiras foi gerado, mais foi no seio da Imaculada Conceição que deixou o seu maior legado de fé e perseverança. Muitas vezes mal interpretado, tantas vezes admirado pelos fiéis e seus seguidores do clero.
Atuando na maioria das paróquias da Diocese de Caicó, era pulso firme e muito categórico em suas convicções. Quem convivia diretamente com ele tinha uma admiração profunda por seu caráter e seu amor pela Igreja.
Em uma bonita tarde com o arco-íris embelezando o céu, o cortejo seguiu do Santuário do Sagrado Coração de Jesus para a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, onde foi celebrada missa de corpo presente, pelo o Bispo Diocesano Dom Delson. Estava também o nosso amigo e conterrâneo Dom Lucena, Bispo Diocesano de Guarabira/PB, bem como, padres, seminaristas, amigos, diversas autoridades e caravanas de toda região do Seridó.
Que Deus te guarde e recompense-o com o reino do céu.
Ver fotos abaixo:
























MONSENHOR ERNESTO DA SILVA ESPÍNOLA (30º Vigário de Jardim do Seridó – 1958 a 2000)


Desde 2001 era Pároco Emérito desta Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Jardim do Seridó, falecido nesta sexta-feira, dia 28 de janeiro de 2011, em Natal, onde estava hospitalizado há algumas semanas no Hospital da UNIMED. O velório está acontecendo no Santuário do Sagrado Coração de Jesus. As 17:00 horas o cortejo fúnebre sairá para a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, onde será celebrada a Missa  de corpo presente e sepultamento.

O Bispo Diocesano de Caicó, Dom Delson já confirmou presença na celebração e sepultamento do monsenhor Ernesto, além do também Bispo Jardinense, Dom Lucena, que é responsável pela diocese de Guarabira/PB. Além dos Bispos, estão sendo esperados Padres e caravanas de várias cidades da região, além de muitas autoridades.
UM BREVE HISTÓRICO
Monsenhor Ernesto da Silva Espínola, nasceu na cidade de Acari, aos 07 de novembro de 1927, filho de Manoel Antônio da Silva Espínola e Rita Maria da Conceição. Foi batizado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Guia do Acari a 25 de dezembro do mesmo ano, pelo Padre Luiz Wanderley, então Vigário do Acari. Foram seus padrinhos de Batismo: Francisco Honorato e Maria da Conceição.
Desde os 07 anos que desejava ser Padre e dizia a seu pai, que respondia: “você já viu filho de pobre ser padre?”, ingressou na Congregação Mariana. Menino pobre estudava na escola da Congregação. Ajudava nas Missas celebradas pelo Cônego Ambrósio Silva, Vigário do Acari. Certo dia, quando estava de joelhos a rezar na Igreja Matriz, o Sr. João Batista e Silva, conhecido por Seu Joãozinho sabendo do seu interesse em seguir a Vida Sacerdotal, perguntou se ele queria ser Padre. Prontamente o menino respondeu que sim.
Passou então a estudar no Grupo Escolar Tomaz de Araújo, para concluir o curso primário. Com muitas dificuldades ingressou no Seminário São Pedro, em Natal no dia 04 de fevereiro de 1944, cujo Reitor era o Padre José Adelino Dantas, que depois seria o segundo Bispo de Caicó. Em Natal fez o curso colegial no Seminário até 1949. Em seguida foi para o Seminário de João Pessoa na Paraíba, onde permaneceu aí até 1955, quando concluiu o curso preparatório ao Sacerdócio.
Os pais do Monsenhor Ernesto eram pobres, muitas vezes sua mãe saia pelas cidades vizinhas pedindo auxílio para as despesas do filho no Seminário. No dia 04 de dezembro de 1955, foi Ordenado Sacerdote por Dom José Adelino Dantas, segundo Bispo da Diocese de Caicó, em Celebração Eucarística e Solene, na Matriz de Nossa Senhora da Guia do Acari, onde também Celebrou a sua Primeira Missa no dia 08 de dezembro. De dezembro de 1955 a abril de 1958, Monsenhor Ernesto atuou em quase toda a Diocese de Caicó.
Logo em seguida a sua Ordenação em 1955, foi Vigário Cooperador de Santana de Currais Novos. Do final de dezembro de 1955 a fevereiro de 1956, esteve como Vigário Substituto da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Jardim do Seridó. Em 1956, foi Vigário Cooperador da Paróquia de Santana da Catedral de Caicó.
Do final de dezembro de 1956 a começo de março de 1957, pela segunda vez esteve como Vigário Substituto de Jardim do Seridó. Em 1957, foi Vigário da Paróquia de Nossa Senhora do Ó de Serra Negra do Norte e também, no mesmo ano foi Vigário da Paróquia de São Sebastião de Jucurutu e ainda, de 1957 a 1958, Vigário das Paróquias de Nossa Senhora da Guia em Acari e Nossa Senhora dos Remédios em Cruzeta. Continuando como Vigário de Cruzeta assumiu a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Jardim do Seridó em 02 de maio de 1958 por nomeação do então Bispo Diocesano Dom José Adelino Dantas, datada de 1º de maio do referido ano.  Permaneceu à frente da Paróquia até o ano 2000, sendo o pároco que por mais tempo conduziu a Paróquia. Foram 42 anos de paroquiato, passando a Pároco Emérito.
Em Cruzeta esteve como Vigário três vezes, de 1957 a 1964, em 1966 e de 1973 a 1990. Por várias vezes assumiu interinamente a Paróquia de São Sebastião de Parelhas. Foi membro do Conselho Presbiteral, Pró-Vigário Geral em 1991. Em 1992 foi agraciado com o título de Monsenhor, Capelão de sua Santidade o Papa João Paulo II. Recebeu este título na Festa do Sagrado Coração de Jesus, concluindo o 1º Congresso Eucarístico Paroquial, comemorando os 100 anos da Igreja atual Santuário do Sagrado Coração de Jesus e os 90 anos do Centro Paroquial do Apostolado da Oração. Foi Administrador Diocesano, quando Dom Heitor de Araújo Sales foi promovido Arcebispo de Natal em 1993. Monsenhor Ernesto é cidadão Honorário de Jardim do Seridó. Até hoje 01 Bispo, 10 padres, 01 Diácono Permanente e várias Religiosas foram batizados pelo mesmo. Os que Foram batizados pelo Monsenhor Ernesto:
· Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena – Atual Bispo Diocesano de Guarabira-PB
· Padre Francisco Carlos de Azevedo – Missionário da Sagrada Família
· Padre Joaquim José de Oliveira – Atualmente residente em Roma
· Padre Djailton Pereira da Silva – Sacerdote Jesuíta
· Padre Erivan Santos da Costa – Vigário Paroquial de Jucurutu
· Padre Aldo de Souto Santos – Atualmente residente no Rio de Janeiro
· Padre Emanuel Medeiros de Araújo – Pároco de Parelhas
· Padre Rômulo Azevedo da Silva – Pároco de Santana do Seridó
· Padre Orlando Pereira Azevedo – Residente em Custódia no Pernambuco  
· Padre José Sílvio de Brito – Do Clero da Arquidiocese de Natal
· Padre Jocimar Dantas de Araújo – Licenciado, Prefeito de Jardim do Seridó
· Diácono Permanente Francisco das Chagas Teixeira de Araújo – Residente na Arquidiocese de Natal.

Além das cidades sedes das Paróquias, Monsenhor Ernesto atuou nas cidades que na época eram Capelas, como Ouro Branco e São José do Seridó, que pertenciam a Jardim do Seridó, depois São José Passou a pertencer a Paróquia de Cruzeta. São João do Sabugi, que pertencia a Serra Negra do Norte. Cerro Corá e Lagoa Nova que pertenciam a Currais Novos. Carnaúba dos Dantas que pertencia a Acari e Santana do Seridó e Equador que pertenciam a Parelhas.
No começo do seu Ministério Sacerdotal, viajava para estas Capelas nos Caminhões das feiras, nos chamados mistos, ou em um velho ônibus de Currais Novos cujo motorista só tinha um braço e assim mesmo, subia a Serra de Santana. Nos domingos, além da Missa dominical, Celebrava 50 ou mais batizados, atendia confissões na Igreja e aos doentes nas casas da cidade ou da Zona Rural, muitas vezes a Cavalo porque não havia estradas.
Por Sebastião Arnóbio de Morais 
(Pesquisador da história do Seridó e articulador da PASCOM do Zonal V)

28 janeiro 2011

Morre o Reverendíssimo Monsenhor Ernesto


Faleceu nesta sexta-feira (28) aos 83 anos de idade, no hospital da UNIMED em Natal o Reverendíssimo Monsenhor Ernesto da Silva Espínola. O mesmo, que por várias década esteve à frente das paróquias de Jardim do Seridó, Cruzeta, Ouro Branco e São José do Seridó, o qual se encontrava bastante debilitado e estava internado à alguns dias na enfermaria do Hospital da UNIMED em Natal.
O corpo de Monsenhor Ernesto já foi liberado e seguirá em cortejo fúnebre até Jardim do Seridó, com horário previsto para chegar por volta das duas horas da manhã deste sábado (29). O corpo será velado no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, de onde sairá em cortejo até a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição onde será sepultado logo após a missa de corpo presente com horário previsto para às 18:00 horas.
Toda comunidade jardinense se encontra de luto e expressa suas condolências aos familiares, bem como, exaltando o exemplo de ser humano e homem de fé que foi durante sua vida

Formação: Enfrentando os percalços da vida


Aprendamos a ser lentos no julgar e ávidos em ajudar
Tal como numa película cinematográfica, nossa vida é composta por vários quadros, a qual a cada segundo vai se compondo numa obra de arte. Dentro dessa história, que desejamos contar, temos como "script" nossos projetos de vida. Arriscar-se a vivê-los é o que desejamos fazer; mesmo que não tenhamos a vivência daqueles que já passaram pelos percalços da vida e aprenderam a superá-los. Mas, por mais que outras pessoas tendam a nos recomendar cautela ou até mesmo a nos advertir sobre como devem ser os nossos procedimentos, nem sempre estamos interessados em acolher suas sugestões.Podemos ter a pretensão de que nada do que pensamos possa dar errado. Muitas vezes, acreditamos cegamente que todos os nossos planos vão se cumprir como desejamos. Projetamos nossa vida profissional imaginando que logo após o término da faculdade conseguiremos um bom emprego com um bom salário; etc. Outros projetos incluem casamentos e filhos e na maneira como queremos educá-los... Nada poderá acontecer diferentemente daquilo que foi idealizado.
Achamos – e, por vezes, julgamos – que as dificuldades enfrentadas por outras pessoas, como o desemprego, as desilusões ou qualquer outro fato que as tenha feito se sentir frustradas –, são resultados de suas próprias falhas. Como, por exemplo, ao analisarmos a situação de alguém que viveu o desemprego, julgamos que ele talvez não tenha sido um funcionário exemplar. E aos que experimentaram decepções num relacionamento, de acordo com nossa perspectiva limitada, muitas vezes, julgamos que eles não tenham sido tão espertos como acreditamos que deveriam ter sido; e assim por diante. Corremos o risco de – na soberba de quem está fora da situação – julgar e, talvez, condenar a outrem apenas por aquilo que tomamos conhecimento.
Com o decorrer da nossa própria existência, vamos percebendo que infelizmente não temos o controle das coisas nem a onisciência de que gostaríamos. E assim como o futuro não poupa em surpreender a outros; da mesma forma, não nos poupará.
Ao sairmos para um passeio, imaginamos acessar uma determinada rodovia, calculamos o tempo de percurso, estabelecemos as possíveis paradas para descanso, estimamos o horário de chegada, etc. Fazemos tudo como se nada pudesse sair errado; entretanto, se alguma coisa não acontecer como havíamos planejado, não desistiremos do passeio. Ao contrário, pensaremos rapidamente numa alternativa para que seja possível cumprir o que nos propusemos a realizar. Ter em mente um objetivo a ser cumprido ajuda a nos preparar para as possíveis mudanças e inesperadas adaptações aos planos.
A mesma disposição é necessária também para os percalços que a vida nos prepara. Por maiores que sejam as surpresas reservadas por ela [vida], as dificuldades não podem nos fazer desviar do caminho, fazendo-nos deixar de acreditar em nossa capacidade de cumprir o que havíamos projetado como meta a ser alcançada.
Muitas vezes, devemos estar preparados para assumir um "desvio" que a estrada da nossa vida nos força a tomar, mesmo que não seja uma atitude fácil de se aceitar. Por muitas vezes, ouvimos os mais velhos nos dizer que na vida tudo passa... Enfrentar os fatos e entender que não podemos ficar parados no problema – ajuda-nos a encontrar as saídas necessárias para o impasse momentâneo.
Assim como não desistimos de nossos passeios por conta de um contratempo, como um pneu furado por exemplo, da mesma forma não devemos desistir dos nossos projetos de vida. Ainda que as situações adversas possam levantar barreiras de dificuldades, elas não têm o poder de apagar os nossos planos e projetos. Afinal, sabemos que os desafios, que teremos de enfrentar, não se comparam às alegrias que sentiremos ao superá-los. Entendendo que não estamos imunes aos erros, aprendamos, assim, a ser lentos em julgar e ávidos por auxiliar aos que enfrentam dificuldades, com palavras e atitudes de conforto.
De outro modo, de que serviria uma pessoa que se auto-intitula amiga?
Um abraço
Fonte: canção nova

Santo do Dia - Santo Tomás de Aquino


Neste dia lembramos uma das maiores figuras da teologia católica: Santo Tomás de Aquino. Conta-se que, quando criança, com cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: "Quem é Deus?". 

A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 numa nobre família, a qual lhe proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraia o coração de Aquino. 

Diante da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma com dezenove anos, para um mosteiro dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, ordenado pela mãe, um tempo detido. Tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou. 

Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus. 

Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado "Doutor Angélico", Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico. 

Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!


Fonte: canção nova

27 janeiro 2011

Curso de bispos, proposto por Bento XVI, será realizado no Rio

Da Redação, com Gaudium Press


A Arquidiocese do Rio de Janeiro irá realizar durante a próxima semana, de 31 de janeiro a 03 de fevereiro, no Centro de Estudos, no Sumaré, a 20ª edição do Curso dos Bispos. O evento nasceu na década 1990. a partir de uma proposta do então cardeal Joseph Ratzinger, de dar aos bispos uma visão problemática do mundo atual, gerando debates e reflexões sobre como tornar presente o anúncio da fé em Deus.

Entre os conferencistas estão o Patriarca de Veneza, na Itália, Cardeal Angelo Scola; o Bispo de Ratisbona, na Alemanha, Dom Gebhard Müller; monsenhor Gabriel Müller, de Madri; e o Arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Dom Claudio Hummes.


Dando continuidade a esta proposta, a 20ª edição do curso terá como tema central os 50 anos do Concílio Vaticano II. "O objetivo é levantar aspectos essenciais do Concílio, sua doutrina, as transformações e a reação da Igreja", explica o religioso organizador do evento e Arcebispo emérito do Rio de Janeiro, Dom Karl Romer.
Segundo o prelado, trata-se de um tema essencial, pois faz exatos 50 anos que o então Papa da época, João XXIII, convocou a reunião, que só aconteceria efetivamente um ano depois. De fato, explica Dom Romer, o jubileu do Concílio será comemorado em 2012, "mas nós já estamos nos preparando para a data", comenta.
Dom Romer destaca também o caráter de atualidade do Concílio Vaticano II. Conforme o bispo, apesar ter sido convocada há cinco décadas, o evento se mantém presente na vida de Igreja, porque se trata da reflexão da Igreja sobre si mesma e sobre a atuação no mundo. "A Igreja é a luz dos povos e ela deve ser o reflexo de Jesus Cristo", afirma.


Dia Nacional de Combate ao Trabalho escravo é comemorado nesta sexta-feira


Nesta sexta-feira, 28, o Brasil comemora o Dia de Combate ao Trabalho Escravo, data que teve início em 2004, após o assassinato de quatro funcionários do Ministério do Trabalho, quando apuravam denúncia de trabalho escravo na zona rural de Unaí, Minas Gerais. No Brasil este atentado contra a dignidade humana ainda vitima milhares de pessoas.
Segundo levantamentos do Observatório Social, nos últimos quinze anos foram libertadas mais de 38 mil pessoas em diferentes regiões do Brasil. Estima-se que mais de 25 mil entram no ciclo do trabalho escravo a cada ano. A entidade aponta os fatores que levam à continuidade do trabalho escravo no país. “Três fatores contribuem diretamente para que esta triste realidade ainda perdure: ganância, miséria, impunidade”.
O assessor da Pastoral Afrobrasileira da CNBB, padre Ari Antônio dos Reis, destaca que a Igreja ainda há muitos desafios para superar as feridas do trabalho escravo. “Persistem alguns desafios para a Igreja e a sociedade voltados na perspectiva de enfrentamento e superação desta realidade. Destacam-se a fiscalização eficiente, a mobilização social contra esta prática, a reforma agrária, superação da miséria e o fim da impunidade”, apontou.
O dia 28 também assinala o início da Semana de Combate ao Trabalho Escravo. Em diferentes localidades acontecerão eventos voltados ao debate sobre esta realidade. Uma das demandas que os grupos julgam necessária é a aprovação PEC 438 que prevê o confisco e a destinação das propriedades flagradas com mão de obra escrava para a Reforma Agrária.

Encontro discute publicação que deve apontar os limites e horizontes da Pascom na Igreja no Brasil


Terminou nesta quinta-feira, 27, na sede da CNBB em Brasília, a reunião de reflexão e aprofundamento sobre a Pastoral da Comunicação (Pascom) na Igreja no Brasil. O encontro, que teve início na segunda-feira, 24, e reuniu oito pessoas entre coordenadores regionais da Pastoral e pesquisadores, discutiu a publicação da segunda edição do livro “Novas fronteiras da Pastoral da Comunicação”. Trata-se de uma publicação que deve pautar os limites e horizontes da Pastoral da Comunicação na Igreja no Brasil.
irma_elide_reuniaoIrmã Elide Fogolari, assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação, Cultura e Comunicação Social da CNBB, destacou que o livro é uma necessidade para a Igreja no Brasil porque a publicação vai ajudar a definir os horizontes da Pascom. “O livro é necessário porque teremos uma noção do nosso horizonte de atuação e qual é o lugar e o papel da Pastoral da Comunicação para a Igreja no Brasil. A primeira edição do livro teve bastante repercussão e penso que a nova edição vai clarear os nossos objetivos que ainda não entendemos bem”, disse a assessora.

A professora doutora Rosane Borges, que também participou da reunião, destacou o encontro como fundamental para contribuir com questões essenciais do trabalho da Pascom nas comunidades e dioceses espalhadas pelo Brasil e para pensar os horizontes e limites da Igreja face à comunicação. “A reunião teve um caráter avaliativo e sistemático de como pensar essa comunicação tecnológica e os destinos do homem que muda a cada dia; pensar o papel da Igreja face ao audiovisual que fascina, muitas vezes, mais do que a palavra do padre, da Igreja. A partir dessa reunião criamos o alento de que é possível construir uma nova comunicação e resgatar o trabalho de Cristo e dar continuidade ao seu mandato que é ir a todo o mundo e pregar o Evangelho que é nosso dever a partir de qualquer meio de comunicação”.

A reunião teve a presença do arcebispo do Rio de Janeiro (RJ) e presidente da Comissão Episcopal para a Educação, Cultura e Comunicação Social da CNBB, dom Orani João Tempesta, na segunda-feira, 24. Ainda durante o encontro foi lançado o documento de estudos número 101 da CNBB, “A Comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil” que foi publicado pelas Edições CNBB e pela Paulus Editora. O documento é uma resposta à necessidade de um subsídio de orientações sobre comunicação para a Igreja no Brasil.

Fonte: CNBB

Formação: Família, lugar de transmissão da fé


[Reflexão realizada na festa de São Sebastião, capela do Serrote da Cruz em Caicó-RN, em 13 de janeiro de 2011. Tema da noite: Família, lugar de transmissão da fé; Evangelho: Lc 2, 41-52]
Desse Evangelho de Lucas, um versículo salta aos nossos olhos: “Jesus desceu então com os seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente”. (Lc 2, 51). Mesmo tento acabado o tempo do Natal do Senhor, o fato do Deus que se encarna na natureza humana e permanece seguindo as suas leis ainda continua a nos ensinar.
Sim, Jesus, o menino Deus, se submetia à organização de uma família humana. Deus se curva diante do mistério da união entre homem e mulher. Uma união que torna o amor material, tão concreto que faz gerar a vida, um novo homem: os filhos.
Se o próprio Deus obedece à organização familiar, se curva diante dessa estrutura, é porque ele reconhece o seu valor. Ele sabe que é no colo do pai e da mãe (paternidade ou maternidade) que os filhos podem realmente crescer na fé e na maturidade humana e comunitária. É nesse sentido, Evangelista Lucas continua a sua citação: “E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”. (Lc 2, 52).
Toda a santidade de Jesus foi construída dentro de uma família humana. A educação simples e humilde que ele recebia dos seus pais foi de extrema importância para que ele crescesse, evoluísse em todos os aspectos humanos: espiritual, humano e comunitário. A divindade de Jesus foi confirmada, não porque ele buscou “ser Deus”, “ser o maior”, mas por que ele soube aceitar a condição que estava sendo destinada a ele: ser filho, ser homem no meio dos outros.

26 janeiro 2011

Mensagem para Reflexão


O AMOR nada faz de inconveniente
O amor nada faz de inconveniente, nem procura o próprio interesse. Isso é conversão! E conversão não se dá nas grandes coisas, mas nas pequeninas, pois é um exercício para a vida toda.
“Converter-se significa converter-se ao amor”.
A razão de ser de nossa existência é amar a Deus com um empenho total e nos relacionar com nossos irmãos com uma atitude de amor inspirada no amor do próprio Deus. “Com efeito, quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (I João4,20b).
Como vemos, a primeira conversão é fácil, mas difícil é a conversão do não buscar o próprio interesse. Renunciar pelo bem do outro àquilo que gostaria de possuir para si mesmo.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago
Fonte: Luzia Santiago - Comunidade Canção Nova

Vaticano vai lançar site multimídia de notícias até abril


Da Redação, com Ecclesia

O Vaticano está preparando um novo portal multimídia de notícias, que deve ficar pronto nos próximos meses, conforme anunciou o presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais (CPCS), Dom Cláudio Maria Celli, nesta segunda-feira, 24, durante a coletiva de imprensa para a apresentação da mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2011.

Dom Celli, falou do empenho do órgão vaticano para criar um portal de notícias que “fará referência às transmissões da Rádio Vaticano e a todo o serviço, particularmente precioso, do Centro Televisivo Vaticano (CTV)”.

“Confesso que tenho um desejo: estarmos em funcionamento até a Páscoa (24 de abril). Uma coisa é certa, estamos trabalhando nisso intensamente”, afirmou.

beatificação de João Paulo II, marcada para 1º de maio deste ano, foi apresentada por Dom Celli e pelo diretor da sala de imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, como um marco para a nova colaboração entre estes dois organismos.

Padre Lombardi disse ainda que o Papa Bento XVI aprovou a presença do Vaticano no YouTube, mais conhecido canal de compartilhamentos de vídeos na internet.

Em maio de 2009, o Vaticano criou um novo portal destinado às novas gerações (http://www.pope2you.net), com aplicações para o iPhone e o Facebook, através do qual os utilizadores podem trocar cartões virtuais do Papa, discursos e mensagens de Bento XVI.


Santo do Dia - São Timóteo


Sua vida foi marcada pela evangelização, pela santidade de São Paulo e também de São João Evangelista. A respeito dele, certa vez, São Paulo escreveu em uma de suas cartas: "A Timóteo, filho caríssimo: graça, misericórdia, paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, Nosso Senhor!" (II Timóteo 1,2). 

Nesta carta, vamos percebendo que ele foi fruto de uma evangelização que atingiu não somente a ele, mas também sua família: “Quando me vêm ao pensamento as tuas lágrimas, sinto grande desejo de te ver para me encher de alegria. Confesso a lembrança daquela tua fé tão sincera que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe, Eunice e, não tenho a menor dúvida, habita em ti também”. (II Timóteo 1,4-5) Por isso, São Paulo foi marcado pelo testemunho de São Timóteo, que se deixou influenciar também por São Paulo. Tornou-se, mais tarde, além de um apóstolo, um companheiro de São Paulo em muitas viagens.

Primeiro bispo de Éfeso, foi neste contexto que ele conheceu e foi discípulo de Nosso Senhor seguindo as pegadas do Evangelista João.

Conta-nos a tradição que, no ano de 95, o santo havia sido atingido por pagãos resistentes à Boa Nova do Senhor e, por isso, martirizado. São Timóteo, homem de oração, um apóstolo de entrega total a Jesus Cristo. Viveu a fé em família, mas também propagou a fé para que todos conhecessem Deus que é paz.

Peçamos a intercessão desse grande santo para que sejamos apóstolos nos tempos de hoje.

São Timóteo, rogai por nós!


25 janeiro 2011

Formação: Por que preciso rezar?


A oração nos torna semelhantes Àquele a quem buscamos
Uma das maiores descobertas que já fiz na vida foi saber que Deus me ama e me acolhe independentemente do que faço, pois Ele me ama a partir do que sou. Neste caso, se eu rezo ou não rezo, Ele continua amando-me com a mesma intensidade. No mundo existem milhões de pessoas que nunca oraram e, no entanto, não deixam de viver. Trabalham, estudam, viajam, fazem descobertas, constroem prédios, vão à praia, ao shopping e vivem naturalmente. Daí vem a pergunta, que já ouvi várias vezes: Então por que preciso rezar?
A resposta pode ser dada de inúmeras formas, mas acredito que a vida diz mais que as palavras. Enquanto escrevo, recordo-me de tantos momentos nos quais, sem saber o que fazer, procurei uma direção da parte de Deus por meio da oração e fui ajudada. Certamente você também já viveu experiências assim e é nessas horas que percebemos o valor da oração em nossa vida.
Padre Kentenich, autor do livro "Santidade de todos os dias", diz que quando oramos, além de nos assemelharmos a Cristo, que é orante por excelência e nos aproximarmos do Pai, que nos ama em Cristo, nos tornamos também possuidores das riquezas divinas, já que a vida dos santos e cristãos piedosos confirma que os tesouros de Deus estão à disposição daqueles que rezam. Na verdade, existe algo que não podemos esquecer jamais: Não é Deus que precisa de nossas orações, mas somos nós que precisamos de Sua graça, e esta costuma manifestar-se quando a Ele recorremos por meio da oração.
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