Jesus apresenta aos pobres em espírito e perseguidos por causa da justiça o modo perfeito de ser seu discípulo, o amor aos inimigos e a oração por eles. O Mestre da justiça foi odiado e foi morto por seus adversários. Mesmo assim, pediu que o Pai os perdoasse. A resposta madura à perseguição é o amor e a oração, e a razão disso está no próprio ser de Deus, que é bom para com todos.
Jesus propõe que sejamos aquilo que ainda não somos, isto é, capazes de uma entrega total, como o Pai celeste, que não faz distinção de pessoas.
Se pretendemos ser chamados filhos de Deus, precisamos ter atenção constante em criar relações de paz com todos.
Duas situações são difíceis para a nossa pequena mentalidade: perdoar e pedir perdão.
Nos dias de hoje, parece que as pessoas se tornaram insensíveis com relação aos outros e sensíveis demais com relação a si mesmas.
O mundo está cheio de violências tão descabidas - se é que pode existir violência que não seja descabida. Mas, nos dias de hoje, a humanidade se superou. Sendo assim, é difícil para o homem comum perdoar uma ofensa. Difícil também, para o seu amor-próprio, é pedir perdão por uma falta cometida.
Os antigos valorizavam muito a saudação. O povo da Bíblia se cumprimentava com um SHALOM que é o desejo da plenitude dos bens e da vida. Deus quer SHALOM para todos. Assim também devem ser os discípulos de Jesus. Ele deixou para nós um desafio: sermos capazes de uma entrega total, à semelhança d'Ele e do Pai: “Sejam perfeitos como é perfeito o Pai que está no céu”.
Ele nos dá força e capacidade. Só depende da nossa vontade. E Ele espera isso de nós, pois poderia sozinho estabelecer a paz no mundo, mas nos ama e nos valoriza muito, preferindo contar com a nossa participação. É preciso que todos e cada um de nós façam jus à total confiança divina na nossa capacidade de perdão, pois Ele nos fez à sua imagem e semelhança.
Por Padre Wagner Augusto Portugal
Fonte: catequisar
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