A cada ano torna-se mais popular as comemorações do Halloween no Brasil. Mas que motivos teríamos para celebrar tal data, sendo que a pouco tempo atrás, o dia 31 de Outubro não tinha nenhuma importância para o nosso calendário?
Sabemos que a palavra Halloween tem sua expressão da contração errada da palavra em inglês “All Hallow Eve” que significaria na versão para o português em “Dia de Todos os Santos”.
Este tipo de celebração surgiu na Irlanda no século 5º A.C. onde se acreditavam no retorno dos espíritos em busca de corpos para poder “viver” por mais um ano. A pessoa do Jack – o lanterna, seria de um homem que teria enganado o demônio, após ter feito um pacto com ele…
Sendo assim, conta a crença que as pessoas temendo serem possuídas por esses espíritos se descaracterizavam na tentativa de, assemelhar-se a eles, promovendo barulhos e destruição. Quanto maior fosse a algazarra, maior seriam as chances de enganar os espíritos que estariam vagando.
Percebemos que em pouco tempo, houve uma intervenção cultural e, sem restrições, foi absorvida por parte da população. Aquilo que fazia parte somente de um folclore estrangeiro, lentamente foi inserido junto às escolas de idiomas, que justificando mostrar o comportamento e costumes de uma região foram fixando em seus calendários.
Hoje já não é diferente em outras escolas e até mesmo os clubes sociais, bailes que se esmeram na decoração com cenário, por vezes macabra, os quais exigem como figurino máscaras, fantasias e maquilagem pálidas.
O que estaríamos verdadeiramente comemorando? Quais os motivos que teríamos para exaltar?
De norte a sul do país, o folclore brasileiro enriquece a nossa cultura com as histórias de mula sem cabeça, saci pererê, lobisomem, curupira, boto, mãe d´água, bumba meu boi, entre outros. Se a moda de celebrar os motivos folclóricos se tornar um costume, boa parte do nosso calendário será recheado de muita festa sem motivos de celebração.
Um abraço. Até mais
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