10 junho 2011

Formação: A maturidade exigida no noivado


Noivar é muito mais que apenas colocar um anel no dedo da pessoa amada

Noivar é muito mais que apenas colocar um anel no dedo da pessoa amada. O noivado é um período em que os noivos, estando comprometidos com a promessa de casamento, passam a se preparar para viver maritalmente. Embora conhecendo as preocupações costumeiras, tanto para o homem como para a mulher, tais como moradia, subsistência, enxovais e todas as demais responsabilidades e obrigações contidas nesse compromisso, talvez a pergunta que sempre ronde os pensamentos dos namorados seja esta: “Quando é a melhor hora para assumir um compromisso maior com o (a) namorado (a)?”
Por maiores que sejam a proximidade e as afinidades entre os familiares dos namorados, o prazer de passearem juntos, entre outras coisas, a resposta para esse dilema não será tão fácil de ser assumida. A decisão de um próximo passo não será encontrada na resposta de uma simpatia ou, por exemplo, na leitura da sorte nas cartas do baralho. Muitas vezes, em razão do namoro já estar perto de completar um decênio, os dois se sentem na obrigação de mudar o “status”, passando de namorados a noivos. No entanto, apenas o tempo da longa convivência não pode servir como fundamento para a justificativa de assumir esse comprometimento.

Um namoro longo, muitas vezes, demonstra imaturidade ou camufla certa insegurança. Seja por medo de não encontrar alguém ou por interesse em eliminar a sensação de perda de tempo vivido nesse relacionamento, muitos casais aceleram os acontecimentos, forçando o noivado como forma de garantir o compromisso para o casamento desejado. Outros, em razão da intimidade vivida durante esse período, se sentem moralmente responsáveis por noivar, mesmo sem reconhecer alguma chance de desenvolver maiores vínculos com o (a) namorado (a).
O namoro é um período no qual o casal se dispõe a conhecer-se. É o início da experiência em que realmente se aprende a amar. De maneira muito especial, nesse tempo de convivência, um se permite ser edificado pelo outro. Inicia-se, nesse convívio, um processo de lapidação em que ambos se dedicam a trabalhar naqueles pontos de sua personalidade que pouco contribuirão para o bom relacionamento. Por mais delicado ou constrangedor que seja para alguém aceitar a interferência da pessoa amada em seu comportamento, ainda assim, aceitará se o desejo de fazer história com o outro for maior que seus caprichos.
De livre e espontânea vontade, os dois devem se prontificar a viver as exigências do amor com aquela pessoa que será seu cônjuge. Dessa forma, em razão dos frutos dessa entrega e ao perceberem o crescimento do relacionamento junto com o outro, assumem o próximo passo, acolhendo a ideia de continuarem a viver um maior comprometimento, dando sequência aos planos de vida a dois com o noivado.
Os únicos argumentos que devem justificar uma resposta positiva para um novo compromisso de vida estão fundamentados na confiança, na transparência e no amor maduro. Uma maturidade que exigirá do casal a capacidade de acolher as sugestões de mudanças que eles podem suportar e paciência para respeitar o tempo do outro nas situações em que não poderão interferir; sem tampouco desistirem do projeto de estabelecer e viver o crescimento proposto na vida a dois. Qualquer outra razão que não seja o crescimento na maturidade com a outra pessoa poderá sinalizar o fracasso do futuro e almejado sonho do casamento feliz.
Um abraço!
Dado Moura

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