Na primeira Carta de S. João podemos ler não somente quem é Deus, mas também qual
a razão de tudo o que somos e temos:
a razão de tudo o que somos e temos:
"Deus é Amor".
Deus ama porque é o Amor, e nós amamos porque Deus nos amou primeiro. O Catecismo da Igreja Católica fala do mistério do casamento e da família justamente transmitindo isto:
"Deus, que criou o homem por amor, também o chamou para o amor, vocação inata e fundamental de todo ser humano. Pois o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, que é Amor. Tendo-os criado homem e mulher, seu amor mútuo se torna uma imagem do amor absoluto e indefectível de Deus pelo homem. Esse amor é bom, muito bom aos olhos do Criador. E este amor abençoado por Deus é destinado a ser fecundo e realizar-se na obra comum de preservação da criação:
"Deus os qbençoou e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a" (Gn 1,28)".
Cada ser humano criado no mundo é chamado a ser fecundo, a multiplicar-se, encher a terra e submetê-la. E de modo muito especial, os casais estão no mundo para realizar isto e encontrar através deste chamado a felicidade nesta vida e na vida definitiva.
Mas onde vamos encontrar os meios e a capacidade, de sermos, como família no mundo, a Imagem e semelhança do amor absoluto e sem defeito de Deus por nós?
Podemos começar conhecendo, digamos assim, o "código genético" do nosso ser mais profundo: a imagem e semelhança da Santíssima Trindade.
"A Santíssima Trindade é compreendida como família ou comunhão originária que realiza e goza eternamente o Mistério do Amor. Nesta Família existe um só coração e uma só alma como se dizia dos primeiros cristãos: cada Pessoa dá aos outros tudo o que possui. Desta forma, em mistério de unidade, as três Pessoas da Santíssima Trindade realizam o encontro de amor originário".
Cada membro da Santíssima Trindade dá, acolhe e compartilha gratuitamente tudo o que é, tem e faz. Cada Pessoa não é individualista, nem se fecha sobre si mesma se opondo às outras, mas ao contrário cada um é comunicação e entrega incessante de si mesma.
Vivemos à imagem deste Amor Divino. Por isto, quando uma pessoa humana decide viver em isolamento, possuindo e desfrutando a só de si mesma, vai destruindo a si mesma e aos outros. Mas quando uma pessoa, tomando como fonte o modelo trinitário, dá tudo e se dá toda como o Pai, acolhe tudo como o Filho e compartilha tudo como o Espírito Santo, ela tem vida e gera muitas vidas.
Façamos aqui tres hipóteses absurdas para ilustrar a necessidade que cada membro da família humana tem de viver á imagem dos membros da Santíssima Trindade: Se Deus Pai, resolvesse deixar de dar-se inteiramente, para se resguardar de sofrer, estaria deixando de viver como Pai, destruindo a si mesmo.
Da mesma forma aconteceria se Deus Filho, por falta de confiança, resolvesse recusar o dom do pai, inclusive o dom da Sua vontade, que é sempre amor, perderia a vida de Ressuscitado, a glória que encontra hoje ao lado do Pai. Assim também com o Espírito, se recusasse ser eternamente esse dom de amor, esse laço que une o Pai e o Filho em eterna doação mútua, perderia a razão de existir. E nós nem existiríamos.
Da mesma forma cada membro da família humana, criada à imagem e semelhança da família divina, quando deixa de dar, acolher e ser laço que une, deixa de ser amor, e esta família não existe, não tem razão de ser. Essa terceira Pessoa da Família divina só pode se revelar a nós, em nós e através de nós quando damos a vida e acolhemos a vida.
Chegamos assim ao fundo do mistério do amor da família humana, onde cada membro precisa dar, acolher e unir, conforme cada situação concreta que vive a cada instante.
Cada membro da família tem imenso valor, não pelo que é, faz ou tem, mas pelo seu ser criado á imagem e semelhança de Deus. Às vezes supomos que deus é simplesmente amor que dá, e por isso parece-nos que receber é inferior, indigno de pessoas responsáveis. Outras vezes nos colocamos apenas numa posição receptiva, cobrando tudo do outro, sem nos abrirmos para perceber em Deus, o que estamos recusando a dar. Outras vezes estamos em situação de sermos ponto de discórdia entre os outros membros da família, esperando que outros nos unam.
Mas na família divina á imagem da qual nasce toda família humana, não é mais quem dá, nem é menos quem recebe, nem quem à todo custo, deixa de resguardar a própria individualidade, e esquece de si mesmo para ser laço de união, compartilhando tudo o que é, tem e faz com os outros.
Assim vivia o primeiro casal humano antes do pecado, e assim Jesus nos dá a Graça de viver, porque Ele deu a vida para que voltemos a sermos "um", como Ele e o Pai ao "um", no Espírito Santo, porque o Espírito Santo é o fruto comum do amor. Nossa família precisa ser cheia do Espírito de Deus para ser expressão criada da Perfeita Comunidade de Amor divino.
Diante disso, nossa primeira atitude diante de Deus, é o agradecimento, pelo valor que temos diante de Deus, que criou cada um de nós em Cristo, para amar indistintamente, e como famílias, nos chamou a ser imagem do seu Amor. E a segunda atitude é a de abrir o coração, a fim de deixar que seu Espírito de Amor penetre em nossa "casa" e vá realizando esse processo de amor em nossa vida.
Na primeira Carta de S. João podemos ler não somente quem é Deus, mas também qual
a razão de tudo o que somos e temos:
a razão de tudo o que somos e temos:
"Deus é Amor".
Deus ama porque é o Amor, e nós amamos porque Deus nos amou primeiro. O Catecismo da Igreja Católica fala do mistério do casamento e da família justamente transmitindo isto:
"Deus, que criou o homem por amor, também o chamou para o amor, vocação inata e fundamental de todo ser humano. Pois o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, que é Amor. Tendo-os criado homem e mulher, seu amor mútuo se torna uma imagem do amor absoluto e indefectível de Deus pelo homem. Esse amor é bom, muito bom aos olhos do Criador. E este amor abençoado por Deus é destinado a ser fecundo e realizar-se na obra comum de preservação da criação:
"Deus os qbençoou e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a" (Gn 1,28)".
Cada ser humano criado no mundo é chamado a ser fecundo, a multiplicar-se, encher a terra e submetê-la. E de modo muito especial, os casais estão no mundo para realizar isto e encontrar através deste chamado a felicidade nesta vida e na vida definitiva.
Mas onde vamos encontrar os meios e a capacidade, de sermos, como família no mundo, a Imagem e semelhança do amor absoluto e sem defeito de Deus por nós?
Podemos começar conhecendo, digamos assim, o "código genético" do nosso ser mais profundo: a imagem e semelhança da Santíssima Trindade.
"A Santíssima Trindade é compreendida como família ou comunhão originária que realiza e goza eternamente o Mistério do Amor. Nesta Família existe um só coração e uma só alma como se dizia dos primeiros cristãos: cada Pessoa dá aos outros tudo o que possui. Desta forma, em mistério de unidade, as três Pessoas da Santíssima Trindade realizam o encontro de amor originário".
Cada membro da Santíssima Trindade dá, acolhe e compartilha gratuitamente tudo o que é, tem e faz. Cada Pessoa não é individualista, nem se fecha sobre si mesma se opondo às outras, mas ao contrário cada um é comunicação e entrega incessante de si mesma.
Vivemos à imagem deste Amor Divino. Por isto, quando uma pessoa humana decide viver em isolamento, possuindo e desfrutando a só de si mesma, vai destruindo a si mesma e aos outros. Mas quando uma pessoa, tomando como fonte o modelo trinitário, dá tudo e se dá toda como o Pai, acolhe tudo como o Filho e compartilha tudo como o Espírito Santo, ela tem vida e gera muitas vidas.
Façamos aqui tres hipóteses absurdas para ilustrar a necessidade que cada membro da família humana tem de viver á imagem dos membros da Santíssima Trindade: Se Deus Pai, resolvesse deixar de dar-se inteiramente, para se resguardar de sofrer, estaria deixando de viver como Pai, destruindo a si mesmo.
Da mesma forma aconteceria se Deus Filho, por falta de confiança, resolvesse recusar o dom do pai, inclusive o dom da Sua vontade, que é sempre amor, perderia a vida de Ressuscitado, a glória que encontra hoje ao lado do Pai. Assim também com o Espírito, se recusasse ser eternamente esse dom de amor, esse laço que une o Pai e o Filho em eterna doação mútua, perderia a razão de existir. E nós nem existiríamos.
Da mesma forma cada membro da família humana, criada à imagem e semelhança da família divina, quando deixa de dar, acolher e ser laço que une, deixa de ser amor, e esta família não existe, não tem razão de ser. Essa terceira Pessoa da Família divina só pode se revelar a nós, em nós e através de nós quando damos a vida e acolhemos a vida.
Chegamos assim ao fundo do mistério do amor da família humana, onde cada membro precisa dar, acolher e unir, conforme cada situação concreta que vive a cada instante.
Cada membro da família tem imenso valor, não pelo que é, faz ou tem, mas pelo seu ser criado á imagem e semelhança de Deus. Às vezes supomos que deus é simplesmente amor que dá, e por isso parece-nos que receber é inferior, indigno de pessoas responsáveis. Outras vezes nos colocamos apenas numa posição receptiva, cobrando tudo do outro, sem nos abrirmos para perceber em Deus, o que estamos recusando a dar. Outras vezes estamos em situação de sermos ponto de discórdia entre os outros membros da família, esperando que outros nos unam.
Mas na família divina á imagem da qual nasce toda família humana, não é mais quem dá, nem é menos quem recebe, nem quem à todo custo, deixa de resguardar a própria individualidade, e esquece de si mesmo para ser laço de união, compartilhando tudo o que é, tem e faz com os outros.
Assim vivia o primeiro casal humano antes do pecado, e assim Jesus nos dá a Graça de viver, porque Ele deu a vida para que voltemos a sermos "um", como Ele e o Pai ao "um", no Espírito Santo, porque o Espírito Santo é o fruto comum do amor. Nossa família precisa ser cheia do Espírito de Deus para ser expressão criada da Perfeita Comunidade de Amor divino.
Diante disso, nossa primeira atitude diante de Deus, é o agradecimento, pelo valor que temos diante de Deus, que criou cada um de nós em Cristo, para amar indistintamente, e como famílias, nos chamou a ser imagem do seu Amor. E a segunda atitude é a de abrir o coração, a fim de deixar que seu Espírito de Amor penetre em nossa "casa" e vá realizando esse processo de amor em nossa vida.
Fonte: comshalom
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