Casar sem se ajustar é o
mesmo que comprar uma casa pronta e não fazer nenhum reparo. Mais cedo ou mais
tarde descobrirão que o cômodo, não é necessariamente o melhor. O carpinteiro
que colocou a porta principal da nova casa teve que fazer muitos ajustes até
que a porta funcionasse. Mexeu no batente, na porta, nos gonzos e na fechadura.
Depois veio o pintor. Os dois levaram quase três dias para ajustar uma porta
pré fabricada. É que ela estava preparada, mas não estava pronta.
A ternura é a porta principal
do casamento. Por ela entrará a felicidade dos dois e também muita coisa
perniciosa. Dependerá do tipo de chave, de trave de segurança e do cuidado que
terão com aquela porta. Quando alguém é cioso do que tem não deixa a porta
escancarada. Mas para que a porta funcione os dois precisarão fazer ajustes.
Nada mais errado do que um
casamento onde um, em nome do seu trabalho ou de sua profissão, ou do projeto
que fez para ambos exige que o outro engula tudo. Afinal, dizem, ele (ou ela)
está cuidando da felicidade do casal! É o seu ponto de vista, mas não é o dos
dois. Quem casa quer amar e ser amado e isso exige gentilezas, atenção,
cuidados, proximidade, presença, intimidade e momentos quase sagrados e só
deles. E não pode ser nem pouco nem de qualquer jeito. Os ajustes do casamento
são fundamentais para que os dois possam viver bem e segurar aquela relação.
Nossa sociedade
supervalorizou o indivíduo em detrimento da comunidade. Mas é de comunidade que
se trata quando alguém se casa. Quem quer que o outro se adapte, mas não faz
nenhum esforço para que a pessoa com quem se casou se sinta bem, prometeu e não
cumpriu sua parte do trato. A ternura é fundamental. Se não funcionar vai haver
conflitos.
Padre Zezinho, SCJ
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