Na oração do Angelus, do domingo passado, 30 de outubro, o papa Bento
XVI fez uma referência direta à celebração dos fiéis defuntos, que a Igreja
realiza nesta quarta-feira, 2 de novembro. O papa convidou os católicos a
rezarem por quem já morreu, falando numa "certeza" de vida para lá da
morte. "Desde os primeiros tempos da fé cristã, a Igreja terrena -
reconhecendo a comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo - cultivou com
grande piedade a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios por eles",
disse.
O papa considera que a oração pelos mortos é "não só útil, mas
necessária", deixando votos de que "o pranto, devido ao afastamento
terreno, não prevaleça sobre a certeza da ressurreição". "Também a
visita aos cemitérios, ao mesmo tempo que guarda os laços de afeto com aqueles
que nos amaram nesta vida, recorda-nos que todos tendemos para uma outra vida,
para lá da morte", observou. "A comemoração dos fiéis defuntos, à
qual é dedicada o dia 2 de novembro, ajuda-nos a recordar os nossos entes queridos
que nos deixaram e todas as almas a caminho da plenitude da vida, precisamente
no horizonte da Igreja celestial, à qual a Solenidade de hoje nos elevou",
prosseguiu Bento XVI, perante milhares de pessoas congregadas na Praça de São
Pedro.
Aos fiéis de língua espanhola, o papa disse: "Na solenidade de
Todos os Santos, a Liturgia nos convida a contemplar o amor infinito de Deus,
que se reflete na vitória daqueles que já gozam de sua glória no céu. É o amor
do Pai que nos chama a sermos seus filhos, nos entrega sue próprio Filho para
redimir-nos com seu sangue purificador. Por isso nos proclama felizes também
quando sofremos alguma tribulação, porque nEle depositamos nossa esperança.
Respondamos com generosidade e coerência a este dom, que foi derramado em
nossos corações, sendo Santos como Deus é Santo, para que também em nós se
manifeste sua glória".
Por CNBB
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