A XX Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para a Família começou na manhã desta
terça-feira, 29, com uma concelebração eucarística no Altar do Beato João Paulo
II na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A Missa foi presidida pelo substituto
para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, Dom Giovanni Angelo Becciu.
Trata-se de uma etapa preparatória em vista do VII Encontro
Mundial das Famílias, programado para Milão (Itália), de 30 de maio
a 3 de junho de 2012. Os trabalhos da Assembleia serão concluídos na
quinta-feira, 1º, dia em que está prevista uma audiência com o Papa Bento XVI.
O 30º aniversário do Pontifício Conselho e da Exortação Apostólica Familiaris Consortio estão ao
centro dos debates.
O presidente do organismo vaticano, Cardeal Ennio Antonelli, falou
sobre o tema "A 30 anos da Familiaris Consortio: memória, atualidade
e profecia". Ele recordou que a Igreja é contestada sobretudo devido ao
seu ensinamento no âmbito sexual, uma vez que imagina-se que ela não tenha sido
capaz de compreender a revolução sexual e a questão antropológica.
Para se encontrar respostas a isso é preciso uma renovada pedagogia.
Nesse sentido, João Paulo II ensinou a, sem negar a moral sexual, "colocar
em primeiro plano os significados, valores e a espiritualidade, propondo as
exigências da santidade e, ao mesmo tempo, ter em conta a fraqueza humana
segundo a 'lei da gradualidade': 'o homem conhece, ama e cumpre o bem moral
segundo etapas de crescimento'".
Nesse sentido, a família cristã tem uma precisa vocação missionária:
"A primeira missão é viver, irradiar e manifestar a presença e o amor de
Cristo e de Deus".
Já o secretário do Pontifício Conselho, Dom Jean Lafitte, abordou o
ensinamento da Igreja sobre a Familiaris Consortio hoje, observando
que o documento escrito por João Paulo II responde à necessidade de redescobrir
"os valores autênticos da instituição familiar em um tempo de crise moral,
ofuscado por diversas sombras, como o número crescente de divórcios e a praga
do aborto".
Lafitte indica também que o Papa Bento XVI salienta frequentemente que
o matrimônio fundado em um amor exclusivo e definitivo torna-se "ícone da
relação de Deus com o seu povo e, reciprocamente, o modo pelo qual Deus ama
torna-se a medida do amor humano".
Por sua vez, o subsecretário do Pontifício Conselho, Dom Carlos Simón
Vasquez, deteve-se em torno dos trinta anos de atividade do organismo, que
"tornou-se um observatório privilegiado capaz de oferecer auxílio e
serviço ao episcopado mundial".
Ele ressaltou que um campo que se tornou parte considerável do trabalho
do Conselho é o desenvolvimento das biotecnologias e da bioética em relação com
a instituição matrimonial e familiar. "Hoje, estão em jogo as fontes da
vida, as relações intra e extra familiares, a saúde da
sociedade e, sobretudo, a justiça com relação ao homem".
Por fim, o Arcebispo Emérito de Milão (Itália), cardeal Dionigi
Tettamanzi, interveio sobre o tema "A família: comunidade salva e
salvadora para a nova evangelização". A evangelização por parte da família
cristã é uma dimensão eclesial essencial, pois "chama à ação e torna de
algum modo presente a própria Igreja", disse.
No entanto, isso realiza-se sempre e somente na força do matrimônio
cristão, cuja celebração do Sacramento é Evangelho, proclamação da Palavra de
Deus, profissão de fé feita na e com a Igreja.
Leonardo Meira
Da Redação, com Rádio Vaticano (tradução de CN Notícias)
Da Redação, com Rádio Vaticano (tradução de CN Notícias)
Fonte: canção nova
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