No dia em que celebramos os mortos, tudo nos fala de vida, de modo que
podemos afirmar, com toda certeza e alegria, que morrer é viver. A razão disso
tudo é a pessoa de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, primeiro fruto dentre os
que ressuscitam dos mortos, nosso irmão mais velho e vendedor da morte.
De algum modo, a ressurreição de Jesus foi preparada na fé e na
esperança do povo, em meio ao qual está o autor do livro da Sabedoria. Ele
afirma que a luta do justo pela justiça é cheia de imortalidade. Jesus, aquele
para quem a morte não interrompe o amor, por amar sem limites e sem barreiras
toda a humanidade representada por Lázaro, ressuscita-o: ”Lázaro, vem para
fora!” E Ele nos convida a entrarmos nessa ciranda da vida que vence a morte,
desamarrando todos os que estão impedidos de viver.
Paulo rompe o circuito fechado do fatalismo, apontando para o horizonte
luminoso, para onde caminha toda a humanidade.
Os versículos 38-44 do evangelho de João se torna extremamente
dinâmico, fazendo com que o túmulo de Lázaro se abra, o morto saia e caminhe. E
a força que movimenta tudo isso se chama amor, que não termina com a morte;
chama-se também comunhão perfeita com o projeto do Pai, que é vida e liberdade.
Essa última expressão compromete todos os que acreditam em Jesus e no
Pai que O enviou. Jesus é sem dúvida o pastor que conduz suas ovelhas para fora
dos currais, como tirou Lázaro do túmulo.
Mas Ele compromete os que lhe dão sua adesão. Segundo o evangelho, os
presentes têm de desamarrar Lázaro e deixar que ande. Precisamos atualizar o
episódio da ressurreição de Lázaro e descobrir quais as amarras que os cristãos
têm de desfazer hoje para que muitas pessoas comecem a caminhar.
Para alguns, finados é um feriado gostoso. Principalmente neste ano de
2012, em que o dois de novembro é na sexta-feira. É ocasião para sair e
refrescar a cabeça.
Para outros, é dia de lembrar tudo, menos a morte ou as pessoas que já
faleceram. Para outros, é dia trágico, pois, de certa forma, antecipa a cada
ano, o que seremos todos um dia.
Mas, graças a Deus, para muitos é um dia de esperança e de comunhão com
quem amamos s continuamos a amar, apesar de termos perdido sua presença física.
É quando devemos rezar por nossos entes queridos que já se foram, para que Deus
os receba em seus braços, na esperança de que, um dia nós os encontraremos na
eternidade.
Por: Padre
Wagner Augusto Portugal
Fonte: Catequisar
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