O Papa Bento XVI destacou a necessidade
de desenvolver a validez universal dos direitos humanos, assim como sua
inviolabilidade, inalienabilidade e indivisibilidade, no atual contexto, em que
diferentes populações e culturas se unem.
Ele o fez ao receber os membros da Mesa
da Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa hoje, após a audiência geral,
no Vaticano.
O Papa reiterou que o relativismo no
âmbito dos valores, dos direitos e dos deveres comporta riscos.
“Se
estes carecessem de um fundamento objetivo racional, comum a todos os povos, e
se baseassem unicamente em culturas particulares, decisões legislativas ou
sentenças judiciais, como poderiam oferecer uma base sólida e duradoura para
instituições supranacionais como o Conselho da Europa, e para vossa própria
tarefa nesta prestigiosa instituição?”,
perguntou-se.
E acrescentou: “Como poderia ser levado
a cabo um diálogo frutífero entre culturas sem valores comuns, direitos e
princípios estáveis, universais, entendidos da mesma maneira por todos os
Estados membros do Conselho da Europa?”.
O Papa destacou como “algo acessível ao
raciocínio humano” o fato de que “esses valores, direitos e deveres têm sua
origem na dignidade natural de toda pessoa”.
Também indicou que “a fé cristã não impede,
e sim favorece esta busca e é um convite a procurar uma base sobrenatural para
essa dignidade”.
“Estou convencido de que estes
princípios, mantidos fielmente, sobretudo quando se trata da vida humana – da
concepção até a morte natural -, do casamento – baseado na entrega mútua,
exclusiva e indissolúvel entre um homem e uma mulher – e da liberdade de
religião e educação, são condições necessárias se queremos responder
adequadamente aos decisivos e urgentes desafios que a história apresenta a cada
um de nós”, afirmou.
No começo do seu discurso, Bento XVI
expressou aos membros da Mesa da Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa
sua alegria por recebê-los no 60º aniversário da Convenção Européia de Direitos
Humanos.
Esta convenção compromete os Estados
membros do Conselho da Europa a promover e defender a dignidade inviolável da
pessoa humana.
Também expressou sua alegria pela
vontade deste escritório europeu de “chegar a todos os que sofrem” e os
incentivou a “cumprir vossa delicada e importante missão com moderação,
prudência e valentia, ao serviço do bem comum da Europa”.
A Mesa da Assembléia Parlamentar do
Conselho da Europa está composta por um presidente e vinte vice-presidentes,
presidentes de grupos políticos (ou seus substitutos) e presidentes de
comissões.
Por Blog Carmadélio
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