Dom Damasceno: ‘Jesus nos convida a
praticar a caridade e a dedicar mais tempo à oração’
Nesta quarta-feira de Cinzas (13), o Santuário Nacional de Aparecida abriu
oficialmente, na missa das 9h, a Campanha da Fraternidade 2013, que tem como
tema: ‘Fraternidade e juventude’.
O Cardeal Arcebispo de Aparecida e
presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo
Damasceno Assis presidiu a celebração no Altar Central da Casa da Mãe
Aparecida. Concelebraram a missa, o bispo auxiliar de Aparecida, Dom Darci José
e o reitor do Santuário, Padre Domingos Sávio.
Jovens da Arquidiocese de Aparecida e
região participaram da celebração.
Em sua homilia, Dom Damasceno ressaltou
que a quaresma é tempo de conversão, isto é, de mudança de vida, tempo de
reconciliação com Deus e com o próximo para que possamos chegar à Páscoa,
renovados espiritualmente.
“Recebendo as cinzas em nossa cabeça,
expressamos nosso arrependimento e ao mesmo tempo o desejo de percorrer nesta
quaresma o caminho de conversão, de renovação espiritual que nos levará à
alegria da Páscoa, do Cristo ressuscitado que é luz e vida para nós”, afirmou.
Dom Damasceno que em sua carta pastoral
‘Porta Fidei’, o Papa Bento XVI nos recorda que o Ano da Fé é um convite a uma
autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. Esta
conversão consiste em crer e viver o Evangelho. A imposição das cinzas é um
sacramental, não é um sacramento, e seus efeitos espirituais dependem da
disposição interior das pessoas que os recebem, como a disposição à conversão,
a viver os compromissos batismais para celebrar, renovados espiritualmente, a
Páscoa de Cristo e a nossa páscoa.
O Cardeal citou ainda que é importante
que cada um faça o seu programa de vida nesta quaresma para melhor aproveitar
este tempo de graça.
“Cada
um deve examinar a sua vida cristã a luz do Evangelho e decidir em que aspectos
da vida cristã precisa crescer mais”.
Liturgia
Os textos das leituras de hoje (13) e os
textos litúrgicos nos chamam à conversão, ao arrependimento de nossos pecados,
e à prática de boas obras, sobretudo, de obras de caridade.
Dom Damasceno nos explicou que o profeta
Joel convida o povo a voltar para o Senhor com todo o coração, e São Paulo
insiste com os coríntios: ‘deixai-vos reconciliar com Deus e a não perder a
oportunidade que Deus nos dá’. É agora o momento favorável, diz São Paulo, é
agora o dia da salvação.
No evangelho de Mateus, Jesus nos
adverte que o importante é viver de maneira coerente a nossa fé e nos propõe
três práticas penitenciais, próprias da tradição do povo judeu que são
confirmadas por Jesus, mas que devem ser cumpridas com sinceridade e sem
hipocrisia: a esmola, a oração e o jejum.
“O que Jesus nos pede nesta quaresma é
um verdadeiro exame de consciência sobre nossas relações com os outros, a
esmola; nossas relações com Deus, a oração, e conosco mesmos, o jejum. Jesus
nos convida a praticar a caridade, a dedicar mais tempo à oração, tendo como
fonte a Palavra de Deus a exercitar-nos no domínio de nós mesmos, para vivermos
como discípulos de Jesus Cristo”, concluiu.
Campanha
da Fraternidade
No Brasil, realiza-se neste tempo
quaresmal, a Campanha da Fraternidade que neste ano tem como tema:
“Fraternidade e Juventude” e lema: “Eis-me aqui, envia-me!”, tirado do capítulo
6º., do profeta Isaías.
De acordo com Dom Damasceno, o objetivo
geral desta Campanha é: “Acolher os jovens no contexto de mudança de época,
propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na
vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na
cultura da vida, da justiça e da paz”. Para que isso aconteça, a Campanha
propõe como passos os seguintes objetivos específicos: propiciar aos jovens um
encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de
discípulo missionário e para a elaboração de seu projeto pessoal de vida;
possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes
seja apoio e sustento em sua caminhada, para que eles possam contribuir com
seus dons e talentos e sensibilizar os jovens para serem agentes
transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem
comum.
Dom Raymundo Damasceno pediu que
possamos fazer com que a Companha da Fraternidade seja um importante
instrumento de evangelização e contribua para que os nossos jovens possam
tornar-se protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna inspirada
no Evangelho.
Polyana Gonzaga
Redação Portal A12
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